domingo, 24 de outubro de 2010

Troca



As vezes penso

Quão idiota que sou

Tão desmemoriada,

Me esqueci de viver.

Acho que perdi pelo caminho

Meus sonhos, meus planos,

Minha capacidade de amar.

Mas em qual esquina?

Em qual dos meus erros eu me perdi?

Erros... Foram tantos...

Que me levaram a essência,

Roubaram-me o que eu era.

Hoje sou um zumbi

A ocupar um corpo que não me pertence.

A maltratar um corpo que não me pertence.

Más, minha maior cicatriz,

Não esta sobreposta em minha pele

Esta gravada em minha alma.

É dentro que mora a maior dor

A dor de dentro que a dor de fora não apaga...

Que o sangue derrama

E as feridas cicatrizam.

Troca justa,

A dor do coração pela dor do corpo.

O sangue da alma pelo sangue real.

Uma dose de realidade...

É tudo que preciso

Para sobreviver em um mundo incompreensivo

Em que não sendo vista

Preciso encontrar uma maneira de me enxergar.

E de alguma forma, me sentir viva.

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