terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Cubo mágico



A vida é como um desses cubos mágicos... Gastamos horas, semanas, anos... Tentando dispô-la de forma perfeita, tarefa que nunca conseguimos completar. E acabamos morrendo com uma certa sensação de que não vivemos... De que não houve alegrias o bastante, de que as experiências não foram satisfatórias, de que as pessoas importantes não ocuparam o papel fundamental que deveriam... Sentimos que há muito o amor se tornou segundo plano, pois as prioridades foram pouco-a-pouco se invertendo. Mas a verdade é que estávamos ocupados demais, olhando para dentro de nós mesmos, egocentrados em nosso próprio cubo mágico, para enxergarmos qualquer coisa alem do perímetro de nossa então insuficiente existência.

Todos os que amávamos foram embora.

Cada segundo privilegiado que tivemos cessou.

Para que serve um cubo mágico sem suas cores?


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Humanamente desumanos





Hoje eu decidi matar todos os meus sonhos, todos os meus anseios, todas as minhas recordações. Hoje eu decidi matar tudo de vocês que ainda existe em mim. Hoje eu decidi matar toda a minha alegria. Hoje eu decidi deixar um mundo triste em que nada é possível para quem não tem dinheiro ou poder. Um mundo para o qual eu nunca fui nada. Vocês também não são mais nada para mim. Não quero que reste neste universo imundo nem um vestígio de minha boa intenção, de meu frustrado anseio por fazer com que tudo parecesse diferente. Vocês são naturalmente maus. Corrompem e se deixam corromper. São naturalmente gananciosos. Podres. Sem amor. Não é mais viável negar o que já me parece tão claro. Eu os amei. É uma lastima apenas, que não saibam mais o que é o amor. Já não há mais tempo para continuarem a mentir para si mesmos. É tempo de vestir sua própria pele, e assumir o que sempre lhes foi inato. VOCÊS NUNCA FORAM BONS E NUNCA SOUBERAM AMAR.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mais um dia



Tenho ânsia por sentir o vento tocar meu corpo,

Sentir meu corpo, tocar o chão.

Não quero morrer, não quero viver.

Não quero ir para casa, nem permanecer aqui.

Eu tenho um desejo profundo,

Uma vontade insaciável...

Pelo nada.

O vazio domina minha mente

As pessoas já não são mais como antes

Eu, não sou mais como antes.

No âmago de meus desejos implícitos

Ou de sua total inexistência...

No cerne de tudo o que não fui

E de tudo que nunca fui capaz de ser.

Vontade de fechar os olhos,

E nunca ter existido.

O sono e o cansaço

Dominam o meu corpo

Eu me deixo cair sobre o nada

Em minha mente, vans lembranças

De mais um dia que morre,

Exatamente como nasceu:

Com o mesmo ímpeto das coisas,

Cuja a existência já era desnecessária.