quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Crescer...




A muito eu não tocava nesses velhos poemas. Percebi que muito de mim mudou, mas eu não me refiro apenas as ideias e sentimentos que me compunham na época em que os escrevi, me refiro também a forma com que eu escrevia.

Eu escrevia quase em versos, hoje escrevo de forma mais prosaica... É estranho olhar todas estas linhas e realmente considera-las como minhas. Parece que pertencem a outra pessoa.
Eu sempre escrevi com o coração, expus, com a ponta de uma caneta, a minha alma no papel... E isso não mudou e não mudará nunca. Creio que a principal diferença é que eu escrevia com uma dor imensurável, através de uma personalidade extremamente emocional. Hoje, me tornei mais racional, e ainda deixo transparecer uma pontinha de dor algumas vezes, pois escrevo o que penso, mas também o que sinto.
Mas sobre tudo, eu exponho vida! De uma mulher adulta que lentamente compreende como lidar com seus temores e inseguranças... E assim, tornou-se capaz de sentir de tudo um pouco. O que não significa não sofrer, mas saber lhe dar com o sofrimento e transforma-lo em algo mais viável, permitindo sempre que a FELICIDADE a invada. Do vazio, quase nada restou, apenas alguns lapsos, comuns a qualquer pessoa.
Enfim, nos poemas de cinco anos atrás, quase não mais me reconheço. Mas não deixo de perceber relações entre a menina que fui e a mulher que me tornei.

Os medos que ontem me fragilizavam hoje são o principal ingrediente da minha fortaleza particular.

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