segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Um pouco de mim mesma


Carrego em meu peito uma dor profunda da qual preferia jamais ter provado. O maior de todos os meus medos, não é um medo das pessoas ou das situações que podem vir a ser causadas por elas, que é o mais comum. Eu tenho medo de mim mesma. E de todo o mal que eu ainda posso ter a oportunidade de me causar. Tenho medo de que o pesadelo recomece, uma vez que jamais terei a certeza de que ele terminou, enquanto eu puder respirar...

Eu tenho medo de todas as mudanças bruscas que acabam me levando algo que de alguma forma eu havia aprendido a amar.

Tenho medo de todas aquelas escolhas ridículas que sempre me obrigam a abrir mão de alguma coisa importante em prol de outra também importante. Como se eu pudesse pesar os valores da minha vida em uma balança e escolher esse ou aquele porque pesa umas gramas a mais... RIDÍCULO! Completamente.

Eu tenho medo das pessoas egoístas que simplesmente vivem sem se importarem se essa sua “forma de viver” pode ou não comprometer a forma como outra pessoa vê a vida.

Tenho medo de que o mal perdure...

Tenho medo da dor, e mais ainda de não senti-la...

Tenho medo do vazio triste e infindável que hoje habita meu coração.

Tenho medo do sangue passado e das lagrimas presentes, porque não sei o que me reserva o futuro.

Eu tenho medo do tamanho do meu Ódio.

Tenho medo das tolices do meu coração, que na tentativa de evitar as feridas que lhe causarão a verdade, prefere iludir-se com mentiras.

Eu tenho medo de me arrepender de tudo que fiz e deixei de fazer, porque há poucas dores nesse mundo capazes de enlouquecer uma pessoa mais do que o arrependimento.

Eu tenho medo ate de falar do meu medo. Tenho medo de você, daquele “cara” a sua frente, daquele logo atrás de você...
Tenho medo dos seus pensamentos
.
E da forma como vão me julgar, sem nem mesmo buscarem me conhecer.

Tenho medo de ser eu e de nunca ter sido nada.

Tenho medo de viver, de não viver...

Tenho medo de sentir medo.

O medo é o que tem me definido, é o que escondo sob essa bela máscara que vede agora, ousa dizer que me conhece? Tarefa tão difícil ate para mim mesma...

Minha máscara não utiliza falsidade como sua matéria prima. Ela não foi construída por mentira, foi surgindo pouco-a-pouco conforme crescia a minha dor.

Eu uso a mesma máscara de todos aqueles que tiveram seus pedaços arrancados pela vida, e agora, de algum modo, tentam se reconstituir por detrás da única coisa que encontraram para se proteger...

Eu lhe desafio a me encontrar dentro da minha máscara. Você terá como mapa, o tempo. Este lhe permitira encontrar a chave para entrar em meu mundo e desvendar os meus segredos. E esta chave, se chama amor.

Independente do que eu tenha sido, ou do que seja agora, o importante é que sou uma pessoa melhor a cada dia. E a cada tombo encontro uma nova razão para me reerguer e continuar seguindo em frente, sempre. Rumo ao infinito.

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